Quando o assunto é se o microempreendedor individual pode ter sócio, muitos empreendedores se perguntam se é possível adicionar um sócio ao seu negócio sem perder os benefícios e as vantagens dessa categoria. A resposta direta é: não, o microempreendedor individual não pode ter socio. A estrutura jurídica do MEI foi criada para ser unipessoal, ou seja, um único titular. Essa é uma das características que define o modelo de negócio do MEI e é, ao mesmo tempo, uma das suas limitações.
O MEI é uma categoria de formalização para empreendedores de pequeno porte, com faturamento limitado a R$ 81 mil por ano, e com simplificação tributária. Ele oferece facilidades como pagamento reduzido de impostos e a possibilidade de acesso a benefícios da Previdência Social, além de ser uma ótima opção para quem quer formalizar um negócio próprio. No entanto, a estrutura unipessoal é uma das regras desse modelo, o que significa que o microempreendedor individual não pode, legalmente, compartilhar a gestão ou os lucros da empresa com outra pessoa.
Porém, se você, como MEI, está pensando em expandir seu negócio e incluir sócios, existem alternativas. No artigo, vamos abordar como você pode mudar a natureza jurídica do seu empreendimento, migrando de MEI para Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP), que permitem a inclusão de sócios.
É importante ressaltar que essa mudança pode alterar a forma como o seu negócio será tributado, além de exigir novas responsabilidades fiscais e administrativas. Caso você deseje saber mais sobre o processo de alteração da sua categoria, no final do artigo, explicaremos como a emissão de DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) pode estar relacionada a essa transição e como esse procedimento pode afetar sua decisão de ter ou não sócios.
Se está considerando incluir sócios em seu negócio, a primeira etapa é entender bem as regras e avaliar a melhor forma de fazer essa migração, sempre tendo em mente o impacto legal e financeiro que essa mudança pode trazer para o seu negócio.
O Que Significa Ser MEI e Suas Limitações
Ser um microempreendedor individual pode ter sócio, mas, de acordo com a legislação brasileira, essa categoria foi criada para ser unipessoal. Isso significa que um microempreendedor individual não pode compartilhar a administração e os lucros de seu negócio com outros parceiros ou sócios. A estrutura jurídica do MEI é voltada para empreendedores individuais, e sua principal vantagem é a simplicidade e a redução de tributos, mas com a restrição de não permitir a presença de sócios.

A principal função do Microempreendedor Individual (MEI) é facilitar a formalização de pequenos empreendedores, oferecendo benefícios como acesso à Previdência Social, isenção de impostos federais (como IRPJ, PIS, Cofins, IPI e ICMS), além de simplificação na emissão de notas fiscais e pagamento de tributos. O MEI pode atuar em diversas áreas, como comércio, serviços e indústria, desde que se enquadre nas limitações de faturamento, que é de até R$ 81 mil anuais.
Entretanto, uma das principais limitações dessa categoria é exatamente a impossibilidade de ter sócios. Caso o empreendedor deseje expandir seu negócio e dividir as responsabilidades e lucros com outra pessoa, será necessário alterar a natureza jurídica de sua empresa, migrando para categorias como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP), que permitem a presença de sócios.
Se o seu objetivo é continuar como microempreendedor individual e ainda assim incluir um sócio, será necessário reavaliar a viabilidade dessa mudança, considerando tanto as vantagens quanto as responsabilidades que um novo regime jurídico pode trazer. O impacto fiscal, as obrigações trabalhistas e a adequação ao perfil do seu negócio são pontos importantes a serem analisados, e a mudança não deve ser feita sem um planejamento adequado.
O Que Significa Negado Pela Política de Crédito para o MEI
Quando se fala sobre a possibilidade de um microempreendedor individual pode ter sócio, é importante também considerar as implicações financeiras que podem surgir, como a política de crédito para o MEI. Se o MEI buscar expandir seu negócio e precisar de crédito, pode se deparar com a realidade de que, em algumas situações, o empréstimo pode ser negado pela política de crédito. Isso acontece por diversos fatores, e entender esses aspectos é crucial, especialmente se o empreendedor estiver pensando em incluir um sócio ou mudar a estrutura do negócio.
A política de crédito para o MEI estabelece que, como esse tipo de empresa é formalizada de maneira simplificada, com um faturamento anual limitado a R$ 81 mil, o acesso a linhas de crédito mais vantajosas pode ser restrito. Além disso, a ausência de um sócio ou parceiro financeiro pode ser vista, por alguns agentes financeiros, como uma limitação, já que o MEI não tem um respaldo compartilhado na administração e nos riscos do negócio. Ou seja, o crédito pode ser mais difícil de ser aprovado devido ao fato de o negócio depender totalmente de uma única pessoa.
Porém, caso o MEI tenha um bom histórico de pagamento e um planejamento financeiro sólido, pode ser possível conseguir crédito, mesmo que em condições mais desafiadoras. É importante destacar que, caso o microempreendedor individual decida mudar sua estrutura e incluir sócio, essa transição pode facilitar o acesso ao crédito, pois um sócio pode trazer garantias adicionais, como a divisão de responsabilidades financeiras, o que torna o negócio mais atraente para as instituições financeiras.
Alternativas Para Empreendedores Que Desejam Incluir Sócios
Embora o microempreendedor individual pode ter sócio, a estrutura jurídica do MEI impede essa possibilidade. No entanto, se um microempreendedor individual deseja expandir seu negócio e incluir sócios, existem alternativas viáveis que podem ser exploradas. A principal alternativa é a mudança de categoria jurídica, migrando de MEI para outras modalidades empresariais que permitam a inclusão de sócios.
Uma das opções mais comuns é a transição para a Microempresa (ME) ou a Empresa de Pequeno Porte (EPP). Ambas as categorias permitem que o negócio tenha sócios, além de possibilitar um maior volume de faturamento anual. Enquanto o MEI tem um limite de faturamento de R$ 81 mil, a Microempresa (ME) pode faturar até R$ 360 mil por ano, enquanto a Empresa de Pequeno Porte (EPP) pode faturar até R$ 4,8 milhões. Essa mudança, portanto, abre portas para o crescimento do negócio, com a possibilidade de divisão de responsabilidades e lucros entre os sócios.
Para realizar essa mudança, o empreendedor precisará alterar o regime tributário de sua empresa e passar a cumprir novas obrigações fiscais e contábeis. Isso inclui o registro formal de sócios e a adequação da empresa aos requisitos legais de cada modalidade. Essa transição pode ser feita por meio de uma alteração no contrato social, que define a estrutura do negócio, e o novo enquadramento tributário será determinado conforme o perfil de faturamento e a quantidade de sócios.
Além disso, ao mudar para uma Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP), o empreendedor poderá acessar linhas de crédito mais vantajosas, contar com uma maior flexibilidade fiscal e até mesmo explorar novas oportunidades de mercado, uma vez que a presença de sócios pode agregar mais confiança aos olhos de investidores e parceiros.
Portanto, mesmo que a categoria de microempreendedor individual não permita sócios, a adaptação para uma estrutura empresarial que possibilite essa inclusão é uma solução interessante para quem deseja crescer e expandir suas operações de maneira mais robusta.
Como Alterar a Natureza Jurídica do Seu Negócio para Incluir Sócios
Se você é um microempreendedor individual e está considerando a possibilidade de incluir sócios em seu negócio, a primeira etapa é entender como realizar a alteração da natureza jurídica da sua empresa. Como mencionado anteriormente, o microempreendedor individual pode ter sócio apenas se mudar para uma estrutura jurídica que permita essa configuração, como a Microempresa (ME) ou a Empresa de Pequeno Porte (EPP). Esse processo envolve alguns passos administrativos e legais, mas pode abrir portas significativas para o crescimento do seu negócio.
O primeiro passo é elaborar a alteração do contrato social. O contrato social é o documento que formaliza a criação de uma empresa e define as responsabilidades de cada sócio, bem como a divisão de lucros, aportes e obrigações. Para incluir sócios, o MEI precisa registrar essa alteração no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas. Caso você opte por uma mudança para Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP), será necessário adaptar o contrato social para refletir a nova estrutura do negócio e definir claramente o papel dos sócios.
Além disso, é importante que o empreendedor faça a alteração do CNPJ, pois a mudança de categoria jurídica implica em uma nova classificação perante a Receita Federal. A partir disso, a empresa passará a ser tributada conforme as regras do novo enquadramento, seja no Simples Nacional ou em outro regime tributário que se adeque ao perfil do negócio. Esse processo deve ser acompanhado por um contador, que orientará quanto às obrigações fiscais, como o preenchimento de declarações e a adequação do faturamento à nova categoria.
Outro ponto importante é a emissão de DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que se altera conforme a nova estrutura jurídica. A mudança de MEI para Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) também implica em um novo cálculo de impostos e obrigações acessórias, que podem ser mais complexos do que no MEI. No artigo que você encontrará aqui, explicamos detalhadamente como a emissão de DAS pelo pgmei será diferente dependendo do tipo de categoria em que sua empresa se encontra, e como esse procedimento pode afetar suas finanças. Vale lembrar que ao migrar para uma estrutura maior, com a possibilidade de sócios, o processo de emissão de DAS também envolverá novos procedimentos tributários que devem ser seguidos.
Ao seguir esses passos e realizar a transição para uma nova natureza jurídica, o microempreendedor individual poderá incluir sócios em seu negócio de forma legal e organizada, o que pode trazer uma série de benefícios financeiros e administrativos. Com a inclusão de sócios, é possível expandir o empreendimento, melhorar o acesso a crédito e explorar novas possibilidades de crescimento.