Início » BLOG » Serviços e Informações » Estorno: O que e

Estorno: O que e

No dia a dia, é comum que consumidores realizem compras utilizando diferentes formas de pagamento, como cartão de crédito, débito, boleto ou Pix. No entanto, em algumas situações, pode ser necessário solicitar um estorno. Mas afinal, estorno o que é e como esse procedimento funciona?

O estorno é a devolução de um valor pago em uma compra que, por algum motivo, precisa ser cancelada ou corrigida. Esse processo pode ser iniciado tanto pelo consumidor quanto pelo próprio estabelecimento comercial, dependendo da situação. Ele ocorre em diversos cenários, como cobranças indevidas, arrependimento de compra dentro do prazo legal ou defeitos no produto adquirido.

Como funciona o estorno em diferentes formas de pagamento?

O processo de estorno pode variar conforme o meio de pagamento utilizado na transação. Veja como funciona em cada caso:

  • Cartão de crédito: Quando a compra foi realizada com cartão de crédito, o valor estornado geralmente aparece na fatura do cliente em um prazo que pode variar de alguns dias a algumas semanas, dependendo da operadora do cartão.
  • Cartão de débito: O estorno em compras realizadas com débito ocorre diretamente na conta bancária vinculada ao cartão. O tempo de processamento pode depender do banco emissor.
  • Pix: Como o Pix é uma transação instantânea, o estorno precisa ser feito diretamente pelo recebedor, que realiza uma transferência reversa para devolver o valor ao pagador.
  • Boleto bancário: Quando um pagamento via boleto precisa ser estornado, normalmente a empresa solicita os dados bancários do consumidor para realizar a devolução por meio de uma transferência bancária.
Estorno: O que e
Estorno: O que e

Em qualquer uma dessas situações, é fundamental que o consumidor guarde comprovantes da transação e entre em contato com a instituição financeira ou empresa responsável para garantir que o estorno seja realizado corretamente.

Além disso, compreender o funcionamento do estorno é essencial para quem trabalha como MEI (Microempreendedor Individual), pois situações como cancelamento de vendas e erros em pagamentos podem ocorrer. Inclusive, o PGMEI, ferramenta essencial para a emissão de guias do MEI, também envolve pagamentos que podem, em alguns casos, precisar de ajustes ou reembolsos. No final deste artigo, explicaremos a relação entre o estorno e a emissão do DAS no PGMEI e como o microempreendedor pode lidar com esse tipo de situação de maneira correta.

Quando o consumidor tem direito ao estorno?

Muitas pessoas se perguntam em quais situações podem solicitar um estorno e como garantir que seus direitos sejam respeitados. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece regras claras sobre quando um cliente tem direito ao reembolso do valor pago. Entender esses direitos pode evitar prejuízos financeiros e facilitar a resolução de problemas com empresas e instituições financeiras.

A seguir, apresentamos as principais situações em que o consumidor pode exigir um estorno:

1. Cobrança indevida ou duplicada

Se o consumidor notar que foi cobrado um valor incorreto em sua fatura ou que a mesma compra foi registrada duas vezes, ele tem direito ao estorno da quantia paga. De acordo com o artigo 42 do CDC, caso haja uma cobrança indevida e o valor já tenha sido pago, o consumidor pode exigir a devolução em dobro, com correção monetária e juros.

2. Arrependimento de compra (direito de desistência)

Compras realizadas fora do estabelecimento comercial, como pela internet, telefone ou catálogo, garantem ao consumidor o direito de arrependimento em até sete dias após o recebimento do produto ou serviço, conforme o artigo 49 do CDC. Isso significa que, dentro desse prazo, o cliente pode solicitar o estorno integral do valor pago sem precisar justificar o motivo da desistência.

3. Produto com defeito ou não entregue

Se um produto adquirido apresentar defeito e não for possível repará-lo dentro do prazo de 30 dias, o consumidor pode exigir a substituição, um desconto proporcional ou o estorno do valor pago. Além disso, caso o item não seja entregue no prazo estipulado pela empresa e o consumidor não queira mais aguardar, também pode solicitar o estorno.

4. Cancelamento de serviços ou assinaturas

Assinaturas de serviços, como plataformas de streaming, cursos online ou planos de telefonia, podem ser canceladas conforme os termos do contrato. Se houver cobrança após o cancelamento ou se a empresa não prestar o serviço adequadamente, o consumidor tem direito ao estorno proporcional ou total do valor cobrado.

5. Problemas em transações com cartão ou Pix

Em algumas situações, erros podem ocorrer em transações eletrônicas, como em compras feitas por engano ou valores debitados incorretamente. Nestes casos, o estorno pode ser solicitado junto à operadora do cartão ou ao banco responsável pelo pagamento via Pix.

Conhecer essas regras é essencial para evitar prejuízos e garantir que o estorno seja processado corretamente. No caso dos Microempreendedores Individuais (MEI), compreender esses direitos é ainda mais importante, pois situações como cancelamento de pagamentos e ajustes em tributos, como o DAS do PGMEI, também podem exigir estornos e reembolsos. No final deste artigo, explicaremos melhor essa relação e como o MEI pode agir nesses casos.

Como solicitar um estorno de forma eficiente?

Entender estorno o que é já é um grande passo, mas saber como solicitar esse processo de forma eficiente evita complicações e aumenta as chances de sucesso na devolução do valor. O procedimento pode variar conforme o meio de pagamento e a política da empresa envolvida, mas algumas ações são fundamentais para garantir que tudo ocorra sem problemas.

Abaixo, apresentamos um passo a passo prático para solicitar o estorno corretamente em diferentes situações.

1. Verifique se você tem direito ao estorno

Antes de iniciar o pedido, é essencial confirmar se a sua situação se enquadra nos casos em que o estorno é permitido. Conforme abordado anteriormente, cobranças indevidas, cancelamentos de compras e serviços não prestados são alguns dos motivos legítimos para solicitar o reembolso.

2. Reúna comprovantes e documentos

Ter registros da transação aumenta as chances de um estorno bem-sucedido. Certifique-se de reunir:

  • Nota fiscal ou comprovante da compra;
  • Fatura do cartão ou extrato bancário mostrando a cobrança;
  • E-mails, mensagens ou contratos que comprovem a transação e o pedido de cancelamento.

Esses documentos serão fundamentais para argumentar sua solicitação, principalmente se for necessário acionar órgãos de defesa do consumidor.

3. Entre em contato com a empresa ou instituição financeira

O primeiro passo para solicitar um estorno é entrar em contato diretamente com a empresa onde a compra foi realizada. Normalmente, isso pode ser feito pelos seguintes canais:

  • Lojas físicas: Atendimento presencial ou telefone.
  • Lojas online: Chat, e-mail ou central de atendimento ao cliente.
  • Bancos e operadoras de cartão: Aplicativos, telefone ou SAC.

Se a empresa concordar com o estorno, ela iniciará o processo junto à operadora do pagamento.

4. Solicite o estorno conforme o meio de pagamento

Cada forma de pagamento possui regras específicas para estorno. Veja como agir em cada caso:

  • Cartão de crédito: O pedido deve ser feito à loja onde a compra foi realizada. Após a aprovação, a administradora do cartão processará o estorno, que aparecerá na próxima fatura ou na subsequente.
  • Cartão de débito: O estorno acontece diretamente na conta bancária vinculada ao cartão. O prazo pode variar conforme o banco.
  • Pix: Como o Pix é uma transferência imediata, a devolução deve ser feita pela própria empresa ou pessoa recebedora. Algumas instituições financeiras oferecem a opção de contestação caso o pagamento tenha sido feito por engano.
  • Boleto bancário: Como boletos são pagos diretamente ao emissor, o estorno geralmente ocorre por meio de transferência bancária para a conta do pagador.

5. Acompanhe o processo e cobre prazos

Depois de solicitar o estorno, acompanhe o andamento para garantir que ele seja processado corretamente. Caso a empresa ou instituição financeira não cumpra com a devolução dentro do prazo informado, você pode:

  • Entrar novamente em contato com a empresa para reforçar o pedido.
  • Registrar uma reclamação no Procon ou em plataformas como Reclame Aqui.
  • Acionar a administradora do cartão de crédito para abrir uma contestação (no caso de compras em cartão).

Solicitar um estorno pode parecer um processo burocrático, mas, com organização e conhecimento dos seus direitos, é possível recuperar valores pagos de forma indevida ou cancelar uma compra sem prejuízo. Para Microempreendedores Individuais (MEI), isso também é essencial, pois a emissão de boletos, pagamentos do DAS do PGMEI e transações comerciais podem, eventualmente, demandar ajustes ou reembolsos. No final deste artigo, explicaremos como o MEI pode lidar com essas questões de forma eficiente.

Diferença entre estorno, chargeback e reembolso

Embora muitas pessoas usem os termos estorno, chargeback e reembolso como sinônimos, cada um possui um significado específico e se aplica a diferentes situações. Para evitar confusões e garantir que o consumidor saiba exatamente qual ação solicitar em cada caso, é essencial compreender suas diferenças e implicações.

A seguir, explicamos cada termo e como eles se aplicam no contexto de compras e transações financeiras.

1. O que é estorno?

O estorno é a devolução de um valor pago em uma compra que precisa ser cancelada ou corrigida. Ele pode ocorrer em diversas situações, como cancelamento de uma compra dentro do prazo legal, cobrança indevida ou erro no valor cobrado.

O processo de estorno geralmente ocorre por meio da própria empresa onde a compra foi realizada. Após a solicitação do consumidor, a loja ou prestador de serviço entra em contato com a administradora do cartão, banco ou plataforma de pagamento para devolver o valor ao cliente. Dependendo da forma de pagamento, o estorno pode ser feito diretamente na fatura do cartão, na conta bancária ou via transferência.

2. O que é chargeback?

O chargeback é um processo mais complexo e ocorre quando o consumidor contesta uma compra diretamente com a operadora do cartão de crédito, sem a necessidade de intermediação da empresa vendedora. Ele costuma ser solicitado em casos de:

  • Fraude – quando alguém utiliza os dados do cartão do consumidor sem autorização.
  • Compra não reconhecida – quando o titular do cartão não reconhece uma transação na fatura.
  • Descumprimento do contrato – quando o produto ou serviço não foi entregue conforme o combinado.

No chargeback, a administradora do cartão analisa a solicitação do consumidor e pode reverter a transação automaticamente, retirando o valor da conta do comerciante e devolvendo ao cliente. Isso protege os consumidores contra fraudes e transações indevidas, mas também pode causar problemas para os vendedores, especialmente pequenos negócios e Microempreendedores Individuais (MEI), que podem sofrer prejuízos financeiros caso não consigam comprovar a legalidade da transação.

3. O que é reembolso?

O reembolso é um termo mais amplo e se refere à devolução de um valor pago pelo consumidor, geralmente de forma acordada entre as partes. Ele pode ocorrer em diversas situações, como:

  • Cancelamento de serviços – quando um cliente desiste de uma assinatura ou plano contratado.
  • Compra de produto com defeito – quando um item adquirido apresenta problemas e o cliente opta por receber o dinheiro de volta em vez de trocar por outro.
  • Reembolsos parciais – quando uma empresa decide devolver apenas parte do valor pago, seja por negociação direta com o cliente ou por questões contratuais.

O reembolso pode ser realizado por meio de depósito bancário, transferência via Pix ou até mesmo em créditos para uso futuro em uma nova compra.

Quando solicitar estorno, chargeback ou reembolso?

Saber quando pedir cada um desses procedimentos pode evitar transtornos e agilizar a resolução do problema. Veja a melhor opção para cada caso:

SituaçãoMelhor opção
Cobrança duplicada ou erradaEstorno
Compra cancelada pelo consumidorEstorno ou Reembolso
Compra não reconhecida no cartão de créditoChargeback
Fraude no cartão de créditoChargeback
Produto ou serviço não entregueChargeback ou Reembolso
Defeito no produto sem possibilidade de trocaReembolso

Compreender essas diferenças é essencial para que consumidores e empreendedores saibam como proceder diante de problemas financeiros. No caso do MEI, lidar corretamente com estornos e reembolsos é fundamental para manter a saúde financeira do negócio e garantir um bom relacionamento com os clientes. Além disso, em operações como o pagamento do DAS pelo PGMEI, é importante estar atento a possíveis ajustes e reembolsos que podem ser necessários. No final deste artigo, explicaremos melhor essa relação e como o MEI pode gerenciar estornos com eficiência.

Dicas para evitar problemas com estornos

Agora que já entendemos estorno o que é, seus diferentes tipos e como solicitá-lo, é importante saber como evitar transtornos relacionados a esse processo. Tanto consumidores quanto empreendedores podem adotar boas práticas para minimizar a necessidade de estornos e garantir que transações financeiras ocorram sem complicações.

Abaixo, listamos algumas dicas essenciais para evitar problemas com estornos, seja em compras do dia a dia ou em pagamentos empresariais.

1. Confira todos os detalhes antes de finalizar uma compra

Muitos estornos ocorrem devido a erros simples, como digitação errada do valor, escolha equivocada do produto ou confusão na forma de pagamento. Antes de concluir qualquer compra, verifique cuidadosamente:

  • O valor correto do pagamento.
  • A descrição do produto ou serviço.
  • Os prazos de entrega ou disponibilização do serviço.
  • As condições de reembolso e cancelamento da empresa.

Para empreendedores, garantir que as informações do produto ou serviço estejam bem descritas evita reclamações e reduz pedidos de estorno.

2. Guarde sempre os comprovantes de pagamento

Ter registros das transações é fundamental para contestar cobranças indevidas e solicitar estornos de maneira eficiente. Portanto, é recomendável guardar:

  • Notas fiscais e recibos.
  • Comprovantes de pagamento (extrato bancário, comprovante do Pix ou boleto).
  • E-mails ou conversas que comprovem acordos comerciais.

No caso de MEIs e pequenos negócios, manter um controle rigoroso de pagamentos recebidos evita surpresas com solicitações indevidas de chargeback.

3. Evite compras em sites e estabelecimentos duvidosos

Ao realizar compras online, sempre verifique se o site é confiável. Alguns cuidados incluem:

  • Observar se o site possui cadeado de segurança (HTTPS).
  • Pesquisar avaliações de outros consumidores.
  • Conferir a reputação da loja em plataformas como Reclame Aqui e Procon.
  • Optar por meios de pagamento seguros, como cartões de crédito com proteção contra fraudes.

Empreendedores que vendem online também devem oferecer uma experiência de compra transparente, informando claramente políticas de reembolso e canais de atendimento.

4. Fique atento às políticas de estorno de cada empresa

Cada instituição possui suas próprias regras para processamento de estornos, e conhecer essas políticas pode evitar frustrações. Antes de finalizar uma compra, consulte:

  • O prazo para solicitar um estorno ou cancelamento.
  • Os canais disponíveis para atendimento ao cliente.
  • Se há taxas ou penalidades para desistência da compra.

No caso de Microempreendedores Individuais (MEI), é fundamental entender as regras de estorno aplicáveis ao DAS do PGMEI. O Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) é a guia obrigatória de pagamento do MEI, e em algumas situações pode haver a necessidade de ajustes ou reembolsos.

5. Para MEIs: como evitar problemas com pagamentos do DAS?

O DAS do PGMEI deve ser pago mensalmente pelo MEI para manter sua regularidade fiscal. No entanto, erros podem acontecer, como:

  • Pagamento em duplicidade.
  • Geração de guia errada.
  • Problemas no sistema da Receita Federal.

Para evitar esses transtornos, é essencial:

  • Conferir todos os dados antes de emitir e pagar a guia do DAS.
  • Usar fontes oficiais, como o site do PGMEI (MEI GOV), para acessar os boletos.
  • Guardar os comprovantes de pagamento para eventuais correções.

Caso ocorra um erro, o MEI pode solicitar a restituição do valor pago à Receita Federal. No final deste artigo, explicaremos detalhadamente como isso funciona e o que o empreendedor deve fazer para garantir um reembolso correto.

Rolar para cima